Como contabilizar a inflação no seu orçamento de viagens corporativas de 2022

Depois de uma alta de 10,06% em 2021, a expectativa para este ano era de desaceleração da inflação. Contudo, as atuais instabilidades no cenário mundial podem mudar a previsão.

Passagens aéreas, combustível, diárias em hotéis, locação de carros, alimentação. No último ano, não só os consumidores, como também as empresas sentiram o impacto do aumento da inflação. 

Entenda como isso impacta o orçamento de viagens corporativas e o que considerar na hora de fazer o planejamento financeiro da sua empresa.

Qual a previsão da inflação para 2022

A inflação está esmagando quase todos os aspectos dos orçamentos empresariais. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede os preços de itens como viagens, mantimentos, roupas e carros, fechou em 2021 com alta de 10,06%. Foi a maior inflação anual acumulada desde 2015, quando ficou em 10,67%.

O governo anunciou em março uma estimativa de 6,55% para o IPCA no ano. Contudo, alguns especialistas projetam o IPCA de 2022 entre 8,4% e 9%.

A principal mudança deve vir nos alimentos, que podem passar por uma variação de 17% no preço.

O impacto da inflação nos orçamentos de viagens corporativas

O aumento dos custos tem um grande impacto no orçamento e no custo total de uma viagem a negócio. 

Em março, o faturamento de todos os segmentos de viagens corporativas atingiu R$ 869 milhões, apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, quando registrou R$ 890 milhões. 

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o resultado foi de R$ 1,856 bilhão, ainda 27% abaixo dos números de 2019. 

O total de bilhetes emitidos têm uma relação direta com a inflação do setor e alta dos preços, que está sendo liderado pelo setor aéreo, cujo peso no volume de transações em viagens é de quase 70%.  

Segundo os estudos da Abracorp, no mês de março os serviços aéreos faturaram R$ 576 milhões, frente a R$ 300 milhões em fevereiro e R$ 577 milhões em março 2019.

Outro segmento positivo foi o de hotéis, que faturou R$ 225 milhões, ficando acima dos R$ 218 milhões em 2019.

Contudo, o relatório de perspectivas de viagens de 2022 da Deloitte concluiu que é improvável que as viagens corporativas este ano atinjam ou se aproximem dos níveis de 2019, mesmo assumindo os melhores resultados possíveis do COVID-19. 

Os executivos da empresa “provavelmente continuarão a examinar de perto os gastos com viagens e o retorno do investimento depois de operar com sucesso com tão poucas viagens”, disse o relatório.

Como contabilizar a inflação nas suas viagens corporativas

Há um grande otimismo para a recuperação do mercado de viagens corporativas. Contudo, as empresas precisam levar em consideração despesas como passagens aéreas, hospedagem, deslocamento e alimentação.

Uma boa prática é entender os gastos das viagens anteriores e alinhar com as taxas atuais para o orçamento deste ano.

Confira outras práticas para contabilizar suas despesas!

Não deixe que as médias guiem seu orçamento de viagem

Quando se trata de orçamento de viagens a negócio, usar a média de preços pode ser complicado, pois as políticas de viagens e as motivações de cada negócio geralmente determinam seus gastos reais.

Em vez de comparar seus gastos com as médias de pesquisas, pode fazer mais sentido usar seu orçamento de viagens anteriores e ajustar de acordo com as taxas de inflação atuais.

Saiba como a inflação molda os custos de viagem

Veja como os números balançam as passagens aéreas, hospedagem, aluguel de carros, alimentação e demais gastos previstos em uma viagem.

O setor aéreo, por exemplo, tem um peso muito forte no volume de transações em viagens e em fevereiro passou por um aumento de 38% na tarifa média doméstica. 

A alta do petróleo impacta diretamente na composição de preços no aéreo em função do custo do querosene de aviação. Para os próximos meses, segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o querosene de aviação pode aumentar cerca de 11%.

Entender como cada indicador irá influenciar nas suas despesas finais é um direcional importante para fechar um orçamento de viagens mais certeiro.

Entenda as mudanças de valores para adaptar cada viagem

Passagem aérea e hospedagem tendem a ser os maiores custos de uma viagem corporativa.

Contudo, é importante entender o cenário da inflação e adaptar sua viagem. Seja uma mudança de aéreo para deslocamento com carros alugados, seja a quantidade de dias ou pessoas que vão precisar viajar para um mesmo compromisso. Tudo isso afetará no valor final.

Para contabilizar a inflação em seu orçamento de viagens corporativas de 2022 e ter uma ideia melhor de quanto você deve esperar gastar, você pode multiplicar suas despesas de viagem dos anos anteriores com as alterações percentuais deste ano.

O planejamento pode minimizar o impacto da inflação no seu orçamento de viagens corporativas

Diante de um contexto econômico incerto, com perspectivas de inflação acima da meta do governo e alta dos preços que afetam diretamente as viagens corporativas, é preciso fazer um bom planejamento financeiro. 

Manter-se dentro do orçamento com tantas variáveis é extremamente complexo. 

É preciso considerar uma boa política de viagens corporativas, uma gestão eficaz de despesas com viagens e o uso de soluções que facilitem a gestão das viagens corporativas como um todo, considerando os custos no pré e no durante viagem.

Precisa de ajuda para planejar seu orçamento com viagens corporativas? Fale com um de nossos especialistas!