Voos cancelados em 2022: como afetam as viagens corporativas

Voos cancelados em 2022: como afetam as viagens corporativas

Por Paytrack

Desde 2020, o setor de aviação tem passado por um período de grande instabilidade e incertezas. A imensa quantidade de voos cancelados é uma das consequências de uma pandemia que já dura dois anos e que, entre aparentes períodos de melhora e o surgimento de novas variantes, gera cada vez mais dúvidas sobre o que empresas podem esperar do futuro.

Com a necessidade de proteger tanto passageiros quanto companhias aéreas em relação aos seus direitos enquanto fornecedores e clientes, a lei emergencial nº 14.174/2021 foi criada, mas sua duração se encerrou em 31 de dezembro de 2021. 

Por conta desse cenário, debater sobre o tema e levantar questões relevantes que estão acontecendo é fundamental. Tratamos sobre cancelamentos de voos e como a situação das viagens corporativas deve ficar nos próximos meses. Acompanhe!

Qual é o cenário atual da pandemia e como isso impacta os voos em 2022?

O ano de 2022 chegou com grande expectativa em relação ao fim da pandemia da Covid-19. Ainda que a variante Ômicron já fosse uma realidade no início do ano, parece que a explosão de casos tenha feito autoridades e a sociedade repensarem esse otimismo, ao menos por enquanto.

Do ponto de vista de especialistas, as festas de fim de ano foram os eventos que contribuíram para um grande aumento dos casos de coronavírus no Brasil, especificamente. Como o Brasil obteve sucesso no plano de vacinação, ao menos o número de mortes não aumentou significativamente. Basicamente, o maior risco ainda é para os não vacinados ou vacinados, mas com comorbidades.

Ainda que o risco não seja dos maiores em um país que vacinou completamente (todas as doses) pouco mais de 70% de sua população, o cuidado com as recomendações sanitárias é indispensável. A saúde da população é prioridade, o que gera impactos naturais na aviação.

Por mais que haja otimismo pelo fim da pandemia, mesmo com a Ômicron sendo o principal problema no momento, é impossível prever que isso acontecerá ao longo de 2022.

Em paralelo, é importante que as empresas entendam também que a vacinação tem ajudado a reduzir casos graves, o que é um fator que traz segurança para que se possa lidar com o problema sem deixar de fazer as viagens. Ou seja, há condições de se adaptar ao cenário e, pouco a pouco, retomar o ritmo pré-pandemia.

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Perspectivas de retomada

Recentemente, a Global Business Travel Association (GBTA) anunciou os resultados de um estudo que conduziu sobre a retomada completa das viagens corporativas. A primeira percepção importante do estudo foi que essa recuperação esperada para 2021 foi menos intensa do que o esperado há um ano. Ou seja, mesmo com boas expectativas, a realidade não alcançou o que era pretendido.

As previsões são baseadas nos números que eram alcançados no período pré-pandemia. Mais especificamente, em 2019, último ano de “normalidade”. À época, esses gastos chegavam a US$ 1,4 trilhão anualmente. De acordo com os estudos da GBTA, a expectativa é que, até 2024, esses valores sejam novamente igualados.

Por mais que se pense em evolução e retomada, na verdade, o que se vive é uma tentativa de recuperação, que muitas vezes será, inevitavelmente, atrapalhada pelos cancelamentos. É improvável prever o que acontecerá até 2024, mas o sentimento atual pode ser de otimismo.

Considerando somente o ano de 2022 e as expectativas para o período, a GBTA indica que há um crescimento previsto de 38% em relação ao ano anterior, ou seja, os números comprovam um momento de grande ascensão.

Voos internos são menos afetados

É importante também considerar os diferentes cenários nos voos cancelados. Olhar dessa forma é importante para que cada empresa entenda de maneira concreta como pode ser afetada pelos cancelamentos.

Por exemplo, voos domésticos – considerando o Brasil – têm menores chances de não acontecer. A única exceção é o período de explosão de casos da Ômicron, situação mais emergencial que pode exigir medidas mais extremas de isolamento para evitar uma nova propagação que coloque em risco vidas.

América Latina está dentro de cenário animador

Junto de regiões como Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico, a América Latina teve um crescimento de 20% nas viagens corporativas em 2021, ficando atrás somente dos EUA. Esse percentual de avanço se dá por conta do menor número de restrições pelas quais os países da região passam.

Dados como o apresentado podem ser muito animadores também às empresas que têm suas rotas fixadas dentro do território da América Latina.

O que diz a legislação sobre os voos cancelados?

A resolução nº 400 da Anac era, até antes da pandemia, a principal legislação acerca das atividades de empresas aéreas e seus deveres diante dos consumidores. Apesar de ter voltado a valer logo no primeiro dia do ano de 2022, o entendimento no período da pandemia foi que era preciso pensar em novas regras.

Por isso, foi criada a lei emergencial nº 14.174/2021que deixou de valer em 31 de dezembro de 2021 – como forma de proteger não só os passageiros, mas também as companhias. Essas empresas precisaram cancelar seus voos por questões sanitárias e restrições mundiais.

Essa nova legislação temporária abrangia voos nacionais que seriam realizados entre 19 de março de 2020 até 31 de dezembro de 2021, e voos internacionais entre 19 de março de 2020 e 31 de março de 2022. 

Mesmo com a continuidade da pandemia, a lei somente contempla os voos que aconteceriam no período em questão.

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Em contrapartida, alguns termos de direitos dos passageiros também foram alterados em favor dessas pessoas. Um dos principais termos da lei trata do cancelamento de viagens. 

Nesses termos temporários, as companhias aéreas tinham o prazo de até 1 ano para fazer o reembolso de passagem. Com a volta da resolução nº 400, esse período retorna a o prazo tradicional, que é de sete dias para que o passageiro tenha seu dinheiro de volta.

Como checar se um voo foi cancelado?

É fundamental que o passageiro faça um monitoramento do status do seu voo. As companhias aéreas devem notificar quando há um cancelamento e, geralmente, isso acontece em notificações de apps. Portanto, ter o app das companhias aéreas no celular é um ponto de partida importante.

Usar uma ferramenta de gestão de viagens corporativas, como a Paytrack, também é uma forma de garantir esse monitoramento da maneira certa. Muitas dessas ferramentas conectam passageiros e pessoas responsáveis pela gestão dessas demandas com as companhias aéreas. Assim, as notificações chegam tanto para a empresa quanto para colaboradores quando há um cancelamento.

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Essas ferramentas também cumprem o importante papel de apoiar gestores na hora de controlar a emissão de bilhetes, ainda podendo monitorar quais desses não foram utilizados. Essa é a melhor forma de solicitar o crédito das passagens e realocar esses valores para outras viagens corporativas que precisem ser feitas no período de 12 meses.

Esse tipo de controle é extremamente complicado se feito manualmente, principalmente em empresas com um alto volume de bilhetes emitidos. Somando isso ao número elevado de cancelamentos nos últimos tempos, o trabalho fica ainda mais complexo. Por isso, uma ferramenta especializada ajuda muito.

Quais são as condições de cancelamento de voos existentes?

É importante destacar também que voos cancelados não estão atrelados apenas às companhias aéreas. Até pelos riscos que as viagens envolvem a nível de infecção pela Covid-19, muitos passageiros resolvem cancelar seu embarque. Isso acontece também quando essas pessoas testam positivo para o vírus, o que as impede de pegar o voo.

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A seguir, entenda quais são as condições de cancelamento de voos e os direitos e deveres relacionados a cada situação.

Companhia aérea cancelando o voo

O primeiro cenário é quando a companhia aérea cancela o voo. Nesse momento, a empresa precisa se comprometer a garantir os direitos do consumidor. 

Considerando o que era válido com a lei emergencial (voos nacionais que seriam realizados entre 19 de março de 2020 até 31 de dezembro de 2021, e voos internacionais entre 19 de março de 2020 e 31 de março de 2022), essa companhia precisava disponibilizar quatro opções.

Já com a resolução da Anac, com as regras que sempre valeram e seguirão em vigor de 2022 em diante, é importante se atentar às seguintes opções que as companhias aéreas têm que oferecer. Confira a seguir:

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Passageiro desiste do voo

Os termos mudam um pouco quando essa desistência acontece por parte do passageiro. Nessas situações, a lei emergencial determina que:

  • o passageiro não tem direito à reacomodação, ficando a cargo da empresa;
  • o passageiro tem direito ao reembolso do dinheiro ou pode solicitar o crédito no valor da passagem;
  • o passageiro arca com as multas no reembolso, mas fica isento delas quando opta pelo crédito;
  • o crédito fica disponível em até sete dias e pode ser utilizado dentro do período de 18 meses.

Considerando o mesmo cenário, mas sob a regulamentação da Anac em vigor, os direitos dos passageiros são os seguintes:

  • o passageiro pode solicitar reembolso do dinheiro (em até sete dias e sujeito a multas contratuais);
  • o passageiro pode solicitar remarcação da passagem;
  • o passageiro pode solicitar crédito para um voo futuro.

Em todos os casos acima as multas, taxas e penalidades impostas pela cia aérea serão arcadas pelo passageiro. Não há nenhum tipo de isenção.

Talvez ainda vejamos alguns voos cancelados em 2022 e possíveis instabilidades na confiança para se fazer viagens corporativas, mas é inegável o cenário de melhora. Portanto, vai ser importante que gestores de viagens e membros do time financeiro contem com soluções que ajudem a monitorar bilhetes emitidos e créditos decorrentes de cancelamentos.

Para isso, conte com a solução de viagens da Paytrack! A plataforma oferece os recursos necessários para manter todas as solicitações sob controle. Fale com nossos especialistas!