Como a geopolítica pode transformar a economia e a estratégia da sua empresa
Você saberia nos dizer qual é a influência da geopolítica nas estratégias corporativas? O mundo está em constante mudança e os atuais acontecimentos impactam diretamente a economia e, consequentemente, as organizações.
Esse foi o tema da palestra ministrada por Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em política internacional durante o Travel & Expenses – Summit Edition, realizado pela Paytrack.
Oliver trouxe um panorama do papel da geopolítica na formulação de estratégias empresariais. A abordagem proporcionou uma visão sobre como os eventos globais atuais estão remodelando o ambiente de negócios em um mundo cada vez mais interconectado.
Dentre os temas abordados, a ascensão do continente asiático, as tensões e conflitos geopolíticos que estão acontecendo e o avanço da Inteligência Artificial (IA) são alguns dos contextos que podem impactar as empresas.
Portanto, continue a sua leitura para entender melhor como as organizações devem se preparar para as mudanças impostas pela geopolítica.
Tópicos do conteúdo Paytrack
- Geopolítica como termômetro para o futuro das empresas
- Desafios impostos pela geopolítica para as empresas
- A IA representa a maior mudança desde a Revolução Industrial, mas sua implementação será muito mais rápida. Governos e empresas precisarão se adaptar rapidamente para lidar com as mudanças no mercado de trabalho e nas demandas sociais.
- Governos ao redor do mundo sempre estarão um passo atrás nas suas tentativas de regulamentar novidades no âmbito de IA, gerando, frequentemente, momentos de instabilidade.
- As mudanças climáticas e os seus impactos na economia
Geopolítica como termômetro para o futuro das empresas
Durante o seu painel no T&E Summit Finance, Oliver Stuenkel discorreu sobre como os atuais acontecimentos estão determinando como será o futuro:
“Os próximos 5 anos serão mais parecidos com os anos 2000, com o crescimento econômico dos países emergentes.”
Diferente do que acontecia antes, onde os Estados Unidos se apresentavam como a principal potência no comércio mundial, hoje estamos vivendo um mundo multipolar. Ou seja, não existe somente um poder dominante.
Com isso, pode-se perceber diferentes superpotências atuando no mercado, criando assim um cenário mais instável. Se antes a competição era somente econômica, hoje ela se expandiu para a tecnologia também.
Não há mais um ator dominante. Há vários centros de poderes, o que torna o mundo mais instável. A guerra da Ucrânia é o reflexo de um mundo multipolar.
Oliver ainda mencionou que, com a aproximação das eleições de 2024 nos Estados Unidos, a comunidade empresarial deve monitorar de perto as possíveis mudanças nas políticas de comércio exterior e nos acordos multilaterais.
E o Brasil? Como ele se encaixa neste contexto? De acordo com Oliver, as empresas podem se beneficiar do contexto atual. Afinal, o território brasileiro é considerado de baixo risco geopolítico. O que isso significa?
Enquanto o mundo enfrenta tensões, a América Latina, e em particular o Brasil, continua sendo uma região estável e atrativa para negócios.
Portanto, ao manter um bom relacionamento com as potências que estão no topo, o Brasil torna-se um ambiente propício para receber novos investidores.
Desafios impostos pela geopolítica para as empresas
Não tem como falar de geopolítica sem mencionar a IA e como ela está cada vez mais presente na sociedade, principalmente no mundo corporativo.
A IA representa a maior mudança desde a Revolução Industrial, mas sua implementação será muito mais rápida. Governos e empresas precisarão se adaptar rapidamente para lidar com as mudanças no mercado de trabalho e nas demandas sociais.
Hoje, empresas que não se adaptam aos avanços tecnológicos podem ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo. Por isso, é necessário largar na frente quanto às novidades no mundo da Inteligência Artificial.
Governos ao redor do mundo sempre estarão um passo atrás nas suas tentativas de regulamentar novidades no âmbito de IA, gerando, frequentemente, momentos de instabilidade.
Um exemplo claro é a Volkswagen que, mesmo sendo uma das principais referências mundiais no setor automotivo, encontrou certa dificuldade para se adaptar à medida que carros elétricos começaram a surgir no mercado.
As mudanças climáticas e os seus impactos na economia
Segundo Oliver Stuenkel, as mudanças climáticas também são um dos fatores que afetam a economia e a vida das empresas. Neste momento, o professor destacou como o Brasil pode se posicionar como um protagonista:
O Brasil tem a chance de se apresentar como parte da solução para os desafios climáticos globais, projetando-se como um ator chave na transição para uma economia mais sustentável.
Em suma, empresas que se planejam para se adaptar às mudanças ocasionadas pela geopolítica são aquelas mais propensas ao sucesso.
Para isso, é preciso se atentar para o que está acontecendo no mundo e entender quais são os impactos na economia e, consequentemente, na vida das organizações. Assim, pode-se tomar decisões cada vez mais assertivas.