Muitas empresas definem as diretrizes do seu programa de viagens corporativas e as aplicam sem qualquer revisão ou atualização periódica.

Porém, com a instabilidade causada pelo coronavírus, esta prática não pode ser mantida. São necessárias alterações e adequações quase constantes para garantir a segurança dos viajantes e manutenção da operação.

Em uma pesquisa rápida realizada no Linkedin, 66% dos respondentes disseram que querem viajar logo. Este sentimento é reforçado com as novas perspectivas que surgem devido à vacina.

Mesmo as viagens a negócios que andavam estagnadas por conta da COVID, passaram a ter novo destaque em planejamentos e orçamentos corporativos com a evolução da vacina.

A questão que surge é: as empresas estão preparadas para voltar a viajar neste novo cenário?

O que o mercado nos diz sobre o futuro próximo

A Ágora Investimentos, com apoio do Bradesco BBI, realizou um estudo que demonstra que as organizações reduziram, em média, 24% do orçamento de viagens permanentemente.

Enquanto empresas reduzem seus orçamentos destinados à viagens, os fornecedores de serviços sofrem com o impacto de todas as mudanças no mercado de turismo.

Análises do setor aéreo apontam para pressão ainda maior nas tarifas aéreas, devido à relevância do câmbio nos custos destas companhias.

As locadoras de carro vivem um fenômeno curioso: não conseguem repor em tempo hábil os carros da sua frota, vendidos durante a pandemia, por conta do tempo de entrega/produção das montadoras. Oferta versus demanda já estão desequilibradas afetando o custo final.

Os hotéis e destinos corporativos, no momento atual, amargam quedas significativas na sua ocupação e RevPAR. O custo operacional, por sua vez,  aumentou devido às regras especiais de hospedagem durante a COVID.

Reduzir 24% no orçamento de viagens corporativas significará reduzir em 24% o número de viagens? É provável que não.

Ainda que os dados e estimativas reforcem alguns cenários prováveis, é fato que, em 2021, mais do que nunca, lidaremos com um contexto volátil e flutuante.

Desafio extra para empresas e gestores que precisam estar em dia com seu orçamento de viagens. O que já era tarefa bastante árdua antes da pandemia.

3 dicas para manter seu programa de viagens corporativas atualizado

Para ajudar o seu negócio no processo de retomada das viagens, reunimos 3 dicas que manterão seu programa de viagens atualizado e farão total diferença no seu processo.

Gerir e analisar os seus dados de viagem e do mercado com maior frequência.

A instabilidade causada pela crise, principalmente no mercado de viagens, exige que estejamos cada vez mais conectados com o que está acontecendo no mercado e dentro de nossas organizações.

Ter dados relevantes à disposição é uma necessidade pungente para todos os negócios, assim como ter acesso a dados de mercado para enriquecer a sua estratégia.

Qual o valor médio que outras empresas têm pago em passagens aéreas? Estou comprando acima da média? Essas perguntas podem ser respondidas ao comparar seus dados de viagens aos do mercado.

Para compilar as informações da sua empresa, soluções digitais como softwares para a gestão de viagens corporativas podem ser grandes aliados. Já para conseguir dados relevantes do mercado, o  BI da ABRACORP ou mesmo os dados fornecidos pela ANAC e InFOHB, podem ser boas fontes de informação.

Manter-se próximo de todos os fornecedores de viagens e estabelecer relações win-win.

De acordo com Tripbam,o momento é do comprador (“It’s buyer’s market”).Com a queda das tarifas dos fornecedores, muitos acordos firmados em 2019 para 2020 já não são mais vantajosos. É preciso buscar por valores alinhados à realidade atual do mercado, pois não é mais possível se basear em dados históricos para definir acordos para 2021.

Faz parte de um programa de viagens corporativas a negociação de acordos com fornecedores preferenciais que atendam às necessidades da empresa. Aproximar-se dos fornecedores é uma ótima estratégia para renegociar acordos e estabelecer relações ganha-ganha mais fortes. Por exemplo, aproveitar a baixa demanda para conseguir os melhores preços ou condições com fornecedores de hotéis, é um bom primeiro passo para aproveitar o momento atual.

Reavaliar a política do seu programa de viagens corporativas.

Fomos atingidos por uma avalanche de mudanças, preocupações e novas perspectivas devido à pandemia. É estritamente necessário que as políticas de viagens estejam alinhadas a este cenário.

A política que compõe o programa de viagens corporativas de uma empresa, não deve ser um documento estático. Realizar ajustes e novas avaliações sobre as normas e diretrizes já era uma prática recomendada mesmo antes da pandemia. O cenário atual nos força a revisitar o documento com mais frequência e atenção do que nunca.

A reavaliação das políticas, com uma visão crítica sobre as prioridades da empresa, necessidade dos viajantes e objetivos do negócio é tarefa primordial para seu processo de viagens. Tudo isso, com ênfase, é claro, para a segurança do viajante corporativo que fica exposto a situações de risco devido ao coronavírus.

Colocar essas três dicas em prática fará com que seu programa de viagens se mantenha atualizado e que a sua gestão se torne muito mais estratégica. A tomada de decisão pautada em dados é uma das mudanças mais acentuadas para a gestão de viagens neste momento. Não deixe de considerar a adoção de novas tecnologias para auxiliar na tarefa de gerir suas viagens e despesas corporativas.

Quer descobrir mais formas de aprimorar a sua gestão de viagens corporativas? Leia também nosso artigo 4 dicas para maximizar seu ROI de viagens e descubra como transformar suas viagens em investimentos.