É comum que a taxa de turismo não seja lembrada no planejamento de uma viagem corporativa. Por esse motivo, ela acaba sendo uma dor de cabeça na prestação de contas dos viajantes.
Este artigo explica tudo o que sua empresa precisa saber sobre a taxa de turismo e sua relação com viagens corporativas: mostra o que é e como funciona, detalha quando e como pode ser cobrada, esclarece se é obrigatória ou não, e analisa seu impacto na gestão de viagens.
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O que é a taxa de turismo?
A taxa de turismo é uma cobrança municipal que tem como objetivo a manutenção e preservação do turismo no município, sendo mais comum naqueles onde há maior fluxo de turistas. Os gestores públicos investem o valor em infraestrutura, acessibilidade, segurança, preservação ambiental, conservação de pontos turísticos e outras melhorias.
Segundo o Código Tributário Nacional, é de responsabilidade dos municípios instituírem a arrecadação obrigatória ou facultativa de tributos para controle, proteção e preservação do patrimônio ambiental e ecológico.
Como funciona a taxa de turismo?
A taxa de turismo funciona de formas diferentes a depender das regras de cada município. As autoridades podem tornar a taxa obrigatória ou facultativa e cobrá-la de diferentes maneiras.
Quando a taxa é obrigatória, as hospedagens cobram o valor conforme os dias de permanência do viajante. Vale lembrar: elas sempre aplicam a cobrança por pessoa, nunca por grupo ou família. Os tipos de taxas de turismo brasileiras são:
- Taxa de Preservação Ambiental (TPA) ou de Turismo Municipal;
- Taxa de Conservação Ambiental (TCA);
- Taxa de Preservação e Uso do Patrimônio do Arquipélago Municipal (TUPA);
- Taxa de Turismo Sustentável (TTS);
- Taxa de Turismo em Hotéis ou Room Tax.
Nesse sentido, para quem despesas com deslocamento fazem parte da rotina empresarial, é essencial na hora de programar viagens corporativas, investigar se há taxa de turismo no local de destino, e se o pagamento dela é obrigatório ou facultativo.
A cobrança costuma ocorrer em momentos que impedem o viajante de refletir ou se preparar financeiramente. Algumas cidades cobram na entrada do município, outras nos aeroportos e rodoviárias, algumas utilizam radares que leem a placa do carro e emitem a cobrança depois, e outras realizam a cobrança no check-out do hotel ou pousada.
Mas, como saber se o destino cobra taxa de turismo? Você encontra informações nos sites dos órgãos oficiais, como prefeituras, e também pode informar-se no hotel, no momento de reserva da hospedagem.
A taxa de turismo é obrigatória?
Depende. A taxa de turismo é obrigatória geralmente nos municípios que atraem maior número de turistas. Por exemplo, cidades que abrigam áreas de preservação ambiental, ilhas ou destinos urbanos históricos, podem ter uma taxa de turismo obrigatória, tendo em vista a necessidade de investimentos, cuidados e melhorias constantes nessas regiões.
Municípios onde a taxa de turismo é obrigatória
Em 2025, os municípios onde a taxa de turismo é obrigatória, são:
- Abrolhos (BA);
- Bombinhas (SC);
- Chapada dos Veadeiros (GO);
- Fernando de Noronha (PE);
- Gramado (RS);
- Ilha Bela (SP);
- Jericoacoara (CE);
- Morro de São Paulo (BA);
- Pipa (RN);
- Santo Amaro (MA);
- Ubatuba SP.
Mesmo que os municípios já tenham definido suas leis, o viajante deve sempre verificar se houve mudanças e se a taxa continua obrigatória durante o período da viagem.
Municípios onde a taxa de turismo é facultativa
Em cidades voltadas para o negócio, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e outras capitais, a taxa é facultativa. É uma contribuição voluntária que tem como objetivo fomentar o turismo local. Além do mais, em geral essa cobrança é feita no check out do hotel, e é de responsabilidade do hotel informar ao viajante sobre a taxa, sendo proibido sua cobrança quando a taxa é opcional e não obrigatória por lei.
Pois viajantes corporativos devem checar se a taxa facultativa foi incluída na conta da hospedagem. Sendo assim, o ideal é que os funcionários informem os hóspedes — mas nem sempre fazem isso. Quando o hotel inclui a taxa na conta, ele impacta diretamente o custo total da hospedagem corporativa.
Quanto custa a taxa de turismo?
Os municípios brasileiros onde a taxa de turismo é obrigatória são:
| Local | Meio de pagamento | Valor 2025* (para brasileiros) |
| Abrolhos (BA) | Taxa paga junto ao valor da visita em Caravelas. | R$52/dia (moradores de Costa das Baleias: R$10) |
| Bombinhas (SC) | Taxa por veículo (automático via tag, postos oficiais ou app TPA Bombinhas) | R$38/dia para automóveis (outros tipos de veículos têm outros valores) |
| Chapada dos Veadeiros (GO) | Taxa TCA (pagamento online pelo site oficial) | R$20/7 dias (Isenção para menores de 12 anos, maiores de 60 anos, PCD, residentes locais, pesquisadores e participantes sociais, prestadores de serviços, fornecedores de bens.Para saber mais: Site Turismo Alto Paraíso) |
| Fernando de Noronha (PE) | Taxa TPA (pagamento online no site oficial) | R$101,33/dia + ICMBio (não obrigatório, para acesso a algumas praias: R$186,50/10 dias) |
| Gramado (RS) | Taxa TTS cobrada por hotéis | R$3,28/dia |
| Ilha Bela (SP) | Taxa TPA por veículo (em modernização no segundo semestre de 2025) | R$7,50/dia para automóveis (outros tipos de veículos têm outros valores). Observação: segundo atualização de 13/07/2025, não há cobrança de taxa por enquanto. Ela deve ser retomada no segundo semestre de 2025). |
| Jericoacoara (CE) | Taxa TTS (em Jijoca no posto BR, na entrada da vila ou pelo site oficial) | R$41,50/10 dias (isentos: portadores de deficiência, crianças até 12 anos, idosos acima de 60 anos, residentes do município, trabalhadores da vila – todos devem apresentar comprovantes. Para saber mais: Portal Jericoacoara) |
| Morro de São Paulo (BA) | Taxa TUPA (na entrada do município ou online pelo site ou app TUPA) | R$50/dia (isenção para menores de 5 anos e maiores de 60 anos) |
| Pipa (RN) | Taxa por veículo (cobrada no Chapadão de Pipa) | R$10/dia (isenção para crianças até 10 anos) |
| Santo Amaro (MA) | Taxa TTS (cobrada na entrada do município) | R$10/dia |
| Ubatuba (SP) | Taxa TPA por veículo (via sistema de leitura de placas nas entradas da cidade) | R$13,73/dia |
* Valores devem ser pagos individualmente
Taxa de turismo e viagens corporativas
De acordo o Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, o setor de viagens corporativas registrou o maior faturamento da história em 2023 segundo dados da Associação Brasileira de Agências e Viagens Corporativas (Abracorp).
Como vemos, as viagens a trabalho têm sido cada vez mais frequentes e, por isso, a organização financeira das empresas tem também passado por mudanças, visando obter melhores práticas no uso dos recursos, no controle sobre as despesas, na inovação e também na busca por oportunidades.
Então, a taxa de turismo tem sido alvo de dúvidas quando o assunto é viagens corporativas e despesas. Vamos ver um pouco mais sobre essa relação:
Impacto da taxa de turismo em viagens corporativas
Muitos profissionais esquecem de considerar essa taxa ao planejar uma viagem corporativa, e ela costuma aparecer de surpresa quando o viajante entra na cidade, faz o check-out no hotel ou recebe a fatura da cobrança por veículo.
Não saber se o destino cobra uma taxa obrigatória atrapalha a gestão de despesas corporativas de uma empresa. Gastos não previstos causam problemas no cálculo de adiantamentos, de reembolsos, na hora de definir os limites do cartão corporativo, e na prestação de contas dos colaboradores.
Diante disso, uma forma de evitar problemas para a organização financeira da empresa, é conferir no site da prefeitura do município de destino se essa taxa é cobrada de forma obrigatória ou facultativa, e como pagá-la.
Taxa de turismo e reembolso: o que diz a política da empresa
Quando a taxa de turismo é facultativa, na maioria das vezes ela não é reembolsável segundo a política de viagens corporativas da empresa.
Assim, o primeiro ponto é verificar na política de reembolso da empresa quais são as regras sobre taxa de turismo e reembolso. O reembolso é uma prática comum de ressarcir colaboradores que fazem o pagamento das despesas de viagens com seu próprio dinheiro em detrimento da empresa. Por isso, na política interna, é preciso que essas regras estejam muito bem definidas. As mais comuns são: transporte, alimentação, deslocamento, hospedagem, comunicação, internet, seguro viagem e aluguel de carro.
O segundo ponto é definir na política da empresa como os colaboradores devem incluir essa taxa nos relatórios de despesas de viagens. Esses relatórios reúnem todas as informações sobre os custos que os colaboradores têm enquanto viajam a trabalho. Para incluir no relatório, é preciso de informações básicas como data da viagem destino, motivo da viagem, custos previsíveis, previsão de reembolsos, dados pessoais do colaborador (nome, centro de custo, hierarquia de cargo), e comprovantes fiscais.
O terceiro e último ponto que a política da empresa deve ter definido é a prestação de contas, fundamental quando se busca uma gestão otimizada e segura. Além de definir regras claras para o processo, as empresas precisam adotar tecnologia — automatizar a prestação de contas aumenta a segurança, garante acesso rápido às informações, melhora a produtividade, reduz custos e libera tempo.
Como controlar e registrar esse custo com plataformas digitais?
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- Automatizar a prestação de contas: mais segurança, acesso a informações, espaço, produtividade e economia;
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E, além disso, a Paytrack integra com OBTS (Online Booking Tool), isto é uma plataforma digital que permite que empresas e colaboradores façam reserva de passagens, hotéis, aluguel de carros e outros, seguindo a política corporativa da empresa. A OBTS também permite fazer um comparativo de mercado para encontrar as melhores opções para a sua empresa.
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