Quem trabalha na gestão de viagens corporativas se depara com várias siglas e termos que são bastante utilizados na aviação. Dois exemplos mais comuns são o RPK e ASK.
Esses indicadores financeiros são essenciais, visto que ajudam as companhias aéreas a avaliarem a eficiência de suas operações e fornecem insights valiosos para empresas que lidam com alto volume de viagens.
No universo corporativo, compreender o RPK e ASK vai muito além de curiosidade técnica. Afinal de contas, esses dados ajudam a entender o comportamento do mercado aéreo, prever sazonalidades, identificar gargalos e obter acordos mais assertivos com fornecedores.
Por isso, preparamos um conteúdo completo sobre o assunto! Confira conosco o que significa esses termos e como eles se aplicam na gestão de viagens corporativas das empresas.
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O que é RPK e por que esse indicador é importante na aviação?
O RPK (Revenue Passenger Kilometer), ou “quilômetro por passageiro pagante” é uma métrica que representa o cálculo de quantos quilômetros foram voados por passageiros que pagaram por suas passagens.
Ou seja, ele combina o número de passageiros pagantes com a distância percorrida por um voo em quilômetros. Portanto, o seu cálculo consiste em:
RPK: Passageiros pagantes x Quilômetros voados
Esse índice na aviação é utilizado como uma medida direta de demanda. Ele mostra o quanto as pessoas estão, de fato, utilizando os serviços das companhias aéreas.
Quanto à importância do RPK, ele é frequentemente usado para:
- Avaliar a performance operacional de uma rota;
- Medir o crescimento do setor (mês a mês ou ano a ano);
- Comparar diferentes companhias aéreas em termos de eficiência;
- Tomar decisões sobre frequência de voos e malha aérea.
Além disso, agências como a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) utilizam o RPK para emitir relatórios de tendências no âmbito global e regional de tráfego aéreo.
Qual a importância do RPK para empresas que fazem gestão de viagens?
Empresas que possuem um alto volume de viagens corporativas precisam acompanhar a evolução do RPK, principalmente nas rotas mais utilizadas.
Isso porque essa análise ajuda os gestores de viagens a tomar decisões estratégicas mais assertivas, visto que podem:
- Identificar períodos de alta e baixa demanda, otimizando reservas;
- Antecipar variações de preço com base na procura por determinadas rotas;
- Avaliar o desempenho das companhias aéreas em trechos estratégicos;
- Negociar melhores acordos com fornecedores com base em dados do mercado.
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O que é ASK e qual seu papel?
O termo ASK (Available Seat Kilometer) ou, em português, “Assento-Quilômetro Ofertado” representa a capacidade oferecida por uma companhia aérea em determinado período.
Deste modo, enquanto o RPK mede a demanda efetiva, o ASK traz uma visão da oferta de transporte, ou seja, quantos assentos estavam disponíveis, multiplicado pela distância voada em quilômetros.
Sua fórmula é a seguinte:
ASK: Assentos disponíveis x Quilômetros voados
Essa métrica permite avaliar se a companhia aérea está ofertando o volume ideal de assentos em uma rota específica e se está conseguindo preencher essa capacidade com passageiros pagantes (medido pelo RPK).
Na prática, isso significa:
- Ajustar a oferta conforme a demanda;
- Reduzir voos em rotas com baixa ocupação;
- Alocar aeronaves maiores ou menores, conforme necessário;
- Avaliar a eficiência da operação em diferentes trechos.
Além disso, o ASK é essencial para calcular o fator de ocupação (Load Factor), uma métrica estratégica utilizada para identificar o nível de aproveitamento dos voos.
Qual o impacto do ASK para empresas e gestores de viagens?
Por mais que o ASK seja um indicador utilizado principalmente pelas companhias aéreas, ele pode impactar as empresas que compram passagens em grande escala.
Desta forma, entender a capacidade ofertada nas principais rotas de viagens corporativas ajuda gestores e analistas a:
- Evitar trechos com baixa oferta, que costumam ser mais caros e menos confiáveis;
- Planejar deslocamentos em períodos com maior capacidade disponível, otimizando custos;
- Negociar acordos mais vantajosos com fornecedores, sabendo quais companhias têm maior presença em determinadas regiões.
Por fim, empresas que cruzam seus dados de consumo com métricas do setor aéreo podem se beneficiar por meio da antecipação de tendências, previsão de gargalos e, consequentemente, uma gestão de viagens mais eficiente.
RPK e ASK: como eles se complementam?
Embora RPK e ASK sejam indicadores aéreos distintos, eles podem se complementar formando uma base de análise de eficiência do setor.
Ou seja, juntos, eles permitem que companhias aéreas, agências e empresas possam entender desde a demanda real de passageiros até a capacidade operacional oferecida em cada trecho ou período.
Indicador | Significado | O que mede | Fórmula |
RPK | Passageiros Pagantes por Quilômetro | Demanda real | Passageiros pagantes × Km voado |
ASK | Assentos por Quilômetro Disponíveis | Capacidade oferecida | Assentos disponíveis × Km voado |
Sozinho, o RPK mostra o quanto uma empresa aérea vendeu em termos de passageiros transportados. Em contrapartida, o ASK mostra a quantidade de espaço que a empresa colocou à venda.
Sendo assim, quando analisados em conjunto, os dados obtidos revelam qual a eficiência da operação por meio do Fator de Ocupação, permitindo entender quanto de capacidade foi realmente utilizada.
Como o RPK e ASK funcionam na prática?
Para entender melhor como RPK e ASK se complementam, imagine duas companhias aéreas que operam a mesma rota, sendo que:
- A primeira companhia oferece 300 mil ASK e atinge 270 mil RPK;
- A segunda companhia oferece 400 mil ASK e aringe 280 mil RPK.
Apesar da segunda companhia ter um RPK maior, a sua eficiência é menor. Afinal:
- (270.000 / 300.000) × 100 = 90% de ocupação;
- (280.000 / 400.000) × 100 = 70% de ocupação.
Ou seja, a primeira companhia aérea aproveita melhor a sua capacidade, o que pode refletir em menores custos operacionais, passagens mais competitivas e menor desperdício.
Como RPK e ASK influenciam na gestão de viagens corporativas?
Para empresas que possuem grandes volumes de deslocamentos corporativos, ter noção da relação entre RPK e ASK é fundamental, principalmente para a tomada de decisão.
Isso porque ter uma visão mais ampla dos indicadores aéreos permite:
- Avaliar o desempenho das companhias parceiras;
- Evitar rotas com baixa ocupação e alta instabilidade de preço;
- Planejar políticas de viagem mais inteligentes, baseadas em dados do mercado aéreo.
Além disso, interpretar esses indicadores também permite fazer negociações mais estratégicas com fornecedores de viagens, podendo assim obter melhores tarifas.
Leia: Custo de viagem corporativa: como deve ser feito o cálculo?
Como o RPK e ASK impactam os custos de passagens aéreas?
Métricas como RPK e ASK não afetam somente o desempenho operacional das companhias aéreas, como também a formação dos preços de passagens e o orçamento de viagens corporativas.
A seguir, confira alguns pontos em que os gestores devem ficar atentos:
1. Tomada de decisão mais estratégica na escolha de rotas e cias aéreas
Ao cruzar dados de RPK e ASK com o histórico de gastos, frequência de voos e destinos mais comuns em viagens a trabalho, os gestores encontram uma base sólida para tomar decisões.
Com isso, é possível:
- Identificar quais rotas oferecem melhor aproveitamento de recursos;
- Evitar trechos com alta flutuação tarifária ou baixa confiabilidade operacional;
- Preferir companhias com eficiência comprovada, o que pode refletir em menor custo por km voado e melhor experiência para o colaborador.
2. Otimização de contratos e políticas de viagem
Ao conhecer os padrões de desempenho aéreo, os compradores e travel managers conseguem negociar contratos mais vantajosos para a empresa.
Além disso, também é possível ter uma maior assertividade na definição de políticas de viagens, principalmente no que diz respeito à antecedência de compra em trechos menos estáveis.
Medidas como essas ajudam a padronizar a experiência do viajante e evitar exceções operacionais que podem gerar custos adicionais para a empresa.
3. Monitoramento contínuo e ajustes dinâmicos
Quando a empresa monitora tendências de RPK e ASK ao longo do ano, é possível ajustar de forma eficiente a estratégia de viagens corporativas.
Isso porque os gestores passam a ter dados consolidados para:
- Reduzir deslocamentos em trechos com previsão de menor eficiência aérea (e preços mais altos);
- Redirecionar parte da equipe para viagens terrestres ou por outras companhias;
- Identificar sazonalidades que exigem reserva com maior antecedência ou renegociação temporária de acordos.
4. Previsibilidade orçamentária
Mais do que somente uma economia pontual, entender indicadores como o RPK e ASK oferece uma visão preditiva dos custos das viagens corporativas.
Agora, ao invés de reagir a aumentos repentinos de tarifa ou escassez de voos, o gestor atua de forma proativa, tendo como base uma política de viagens mais robusta e adaptável.
Como a Paytrack ajuda empresas a analisarem dados estratégicos de viagens?
A Paytrack se apresenta como uma aliada das empresas com alto volume de viagens corporativas. Com dashboards personalizados, os gestores possuem uma visão mais ampla dos deslocamentos, entendendo quais rotas entregam melhor custo-benefício, quais companhias têm maior índice de problemas ou variações de tarifa, entre outros fatores.
Além disso, a plataforma integra dados de reserva, emissão e reembolso, oferecendo uma visão consolidada de consumo e comportamento de viagem. Em vez de depender apenas de relatórios do mercado aéreo, o gestor vê os dados dentro da realidade da sua operação.
A eficiência proporcionada pela Paytrack não só melhora o planejamento de viagens, mas também reduz custos e aumenta o poder de barganha da empresa.
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