O painel “Do controle à predição: o CFO na era da IA”, mediado por Ivone Ivassaki, trouxe um consenso: a inteligência artificial está redefinindo o papel do CFO.
Ou seja, se antes essa função era vista como guardiã do caixa e dos controles, hoje o CFO já se posiciona como um protagonista estratégico. Com isso, ele deve ser capaz de antecipar cenários, apoiar decisões críticas e acelerar a transformação dos negócios.
Como destacou Leonardo Dias, CFO da IBM:
“A progressão tecnológica tem proporcionado ao CFO se reinventar e usar essa tecnologia para trazer mais produtividade, eficiência, melhoria de processos.”
Para entender melhor tudo o que rolou no painel e ter uma visão mais clara do papel do CFO na era da IA, continue acompanhando o nosso conteúdo!
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O CFO na era da IA: como a rotina financeira é afetada?
A aplicação da IA já é uma realidade na rotina financeira de muitos CFOs e gestores financeiros. Deste modo, a tecnologia se manifesta de diferentes formas, como por exemplo:
- Eficiência operacional: automação de processos financeiros, liberando tempo para análises estratégicas;
- Análises preditivas: uso de dados para antecipar riscos e apoiar decisões com maior precisão;
- Gestão de despesas: automação que otimiza caixa, melhora margens e garante compliance;
- RH e procurement: ganhos expressivos de produtividade, com reduções de até 70% em ciclos de contratação e pagamento.
Segundo Cinthia Peres, CFO da PwC:
“Em toda a área que você olha, tem projetos com IA para tornar tudo mais eficiente. Com as análises preditivas, a gente pode focar mais nos insights que a IA consegue nos trazer e sermos propulsores dessa mudança dentro da organização.”
Desafios: governança, dados e cultura
Apesar das oportunidades, os especialistas foram claros: a adoção da IA ainda enfrenta algumas barreiras. Fábio Castelucci, CFO da NTT Data, alertou que:
“95% das iniciativas de inteligência artificial naufragam. […] Não tem muita ciência por trás do caminho que a NTT tomou, que é informação, treinamento e repetição.”
Além disso, a falta de governança e a ausência de dados estruturados podem comprometer decisões estratégicas. Para Roberta Rosenburg, CFO da Topaz, o básico precisa vir antes da sofisticação:
“Vamos fazer o básico bem feito, arrume sua base de dados para poder começar a criar uma IA. Muita gente quer já entrar numa evolução muito grande, muito rápida, sem arrumar a casa antes.”
Portanto, essas falas reforçam que a qualidade dos dados e políticas claras de uso responsável são tão importantes quanto a própria tecnologia no dia a dia do CFO.
O CFO como patrocinador da mudança
O painel convergiu em um ponto: o CFO precisa ser o patrocinador da transformação cultural dentro das empresas. Ou seja, não basta delegar a tecnologia ao time de TI, é papel do líder financeiro guiar a adoção da IA.
Sendo assim, ele precisa buscar pelo equilíbrio entre inovação e segurança, garantindo que os ganhos de produtividade se traduzam em valor estratégico dentro da empresa.
De guardião a estrategista preditivo
A inteligência artificial marca a transição do CFO de controlador reativo para estrategista preditivo. Ou seja, o profissional capaz de usar dados em tempo real para antecipar riscos, apoiar decisões e acelerar a performance corporativa.
Durante todo o T&E Summit 2025, ficou claro que o CFO do futuro é aquele que integra tecnologia, cultura e governança. Portanto, ele garante não apenas eficiência, mas também visão de longo prazo para o negócio.
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