DFC: o que é, qual sua importância e como fazer?
Os gestores financeiros possuem vários desafios na gestão corporativa. Dentre eles, está a avaliação da saúde financeira da empresa. Neste momento, o DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa) cumpre um papel essencial.
Isso porque essa ferramenta proporciona uma visão mais clara da liquidez de um negócio. Com isso, é possível tomar decisões estratégicas com maior eficiência.
Tanto para gestores financeiros quanto para CFOs, entender como estruturar e analisar o DFC é fundamental. Afinal, isso pode fazer toda a diferença na gestão de despesas e no planejamento financeiro.
As empresas que conseguem dominar essa ferramenta financeira conseguem prever cenários, evitar crises de caixa e alocar seus recursos de forma mais assertiva.
Por isso, preparamos um conteúdo completo sobre o que é o DFC. Leia conosco e descubra como ele funciona, quais os principais métodos de elaboração e qual a sua real importância para as empresas.
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O que é o DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa)?
O DFC nada mais é do que um relatório contábil com todas as movimentações de entrada e saída de dinheiro durante um determinado período.
Com isso, ele permite que empresas consigam acompanhar sua liquidez, identifiquem padrões de receitas e despesas e, além disso, tomem decisões estratégicas para manter a saúde financeira.
Diferente de outros relatórios como o DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), onde o foco é no lucro contábil, o DFC traz consigo o dinheiro real disponível no caixa. Para isso, leva-se em consideração todas as transações que afetam o caixa.
Por esse motivo, ele é um dos principais instrumentos para gestores financeiros e CFOs que precisam garantir que a empresa sempre tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos.
Além disso, vale ressaltar que o DFC é obrigatório para empresas de grande porte conforme as normas contábeis, como a Lei nº 11.638/07. Ela exige a sua apresentação em demonstrações financeiras.
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Para que serve o DFC?
O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório indispensável para a gestão financeira empresarial. Afinal, ele oferece uma visão clara da movimentação de recursos dentro da empresa.
A partir da sua análise, os profissionais financeiros podem acompanhar a liquidez do negócio, podendo tomar decisões com base em dados.
Aliás, o DFC também possui outras funções dentro da gestão de uma empresa. Confira conosco alguns exemplos:
1. Controle e gestão do fluxo de caixa
Ele ajuda a monitorar as entradas e saídas de dinheiro do caixa. Com isso, a empresa pode entender melhor qual sua capacidade de pagamento e, assim, evitar problemas como a falta de capital de giro.
2. Análise da liquidez e solvência
Por meio deste relatório, é possível avaliar se a empresa tem dinheiro suficiente para cobrir seus compromissos no curto e longo prazo. Isso ajuda a reduzir riscos financeiros e ter uma maior previsibilidade.
3. Planejamento financeiro e tomada de decisões estratégicas
O DFC permite identificar padrões no fluxo de caixa e, com isso, prever cenários futuros. Agora, pode-se ter uma maior eficiência na alocação de recursos e na definição de metas financeiras mais assertivas.
4. Exigência para auditorias e investidores
Empresas de grande porte e aquelas que buscam por investimentos precisam contar com o DFC. Isso porque investidores analisam esse demonstrativo para entender a real capacidade de geração de caixa e sustentabilidade do negócio.
Em suma, o DFC não é somente um relatório contábil, mas uma ferramenta crucial para garantir a estabilidade financeira da empresa e embasar decisões estratégicas.
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Quais os principais componentes de um DFC?
O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é dividido em três componentes principais. Eles representam diferentes tipos de movimentações financeiras dentro de uma empresa.
Essa separação é fundamental, visto que permite uma visão detalhada da origem e da aplicação dos recursos. Confira a seguir quais são os elementos:
Atividades operacionais
Elas refletem as entradas e saídas de dinheiro do caixa provenientes das atividades principais da empresa. Ou seja, aquelas relacionadas ao seu funcionamento diário.
A partir delas, é possível entender qual a capacidade do negócio de gerar caixa a partir de suas operações, sem precisar depender de investimentos externos ou financiamentos.
Veja alguns dos principais exemplos:
- Recebimentos de clientes por vendas de produtos ou serviços;
- Pagamentos de fornecedores;
- Despesas operacionais (salários, aluguel, energia, impostos);
- Pagamento de tributos e encargos.
Portanto, esse componente é essencial para analisar a saúde financeira do negócio no curto prazo e prever necessidades de capital de giro.
Atividades de investimentos
Estão relacionadas às movimentações financeiras voltadas para o crescimento da empresa. Com isso, elas incluem a aquisição e venda de ativos de longo prazo, como é o caso de equipamentos, imóveis e tecnologia, além de investimentos financeiros.
São exemplos de atividades de investimentos:
- Recebimentos da venda de ativos;
- Compra de máquinas, veículos e equipamentos;
- Aquisição ou venda de imóveis e terrenos;
- Investimentos em outras empresas;
- Aplicações financeiras de longo prazo.
Ao analisar esse componente, é possível entender o comprometimento da empresa com seu crescimento e modernização.
Atividades de financiamento
Elas mostram as movimentações relacionadas à captação e pagamento de recursos financeiros, seja por meio de empréstimos, financiamentos ou distribuição de dividendos aos acionistas.
A seguir, confira algumas das principais movimentações relacionadas às atividades de financiamento:
- Emissão de ações ou debêntures;
- Pagamento de dividendos aos acionistas;
- Recompra de ações;
- Pagamento de parcelas de empréstimos;
- Captação de empréstimos e financiamentos.
Sendo assim, essas atividades indicam como a empresa financia suas operações e investimentos. Isso é crucial para avaliar sua sustentabilidade financeira.
Principais métodos para a elaboração de um DFC
O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser elaborado de duas formas principais: o método direto e o método indireto. Apesar de ambos chegarem ao mesmo resultado final, eles se diferenciam na forma como as informações são apresentadas.
Dessa forma, a escolha entre eles passa, principalmente pelas necessidades da empresa e das exigências contábeis.
Acompanhe conosco as especificidades de cada método:
Método direto
No método direto, todas as entradas e saídas de caixa são registradas de maneira explícita. Ou seja, os recebimentos e pagamentos são classificados conforme a origem de cada um.
Esse método oferece uma visão detalhada sobre como o dinheiro circula na empresa, o que permite uma análise mais clara das operações financeiras.
São características do método direto:
- Mostrar diretamente os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, despesas operacionais, entre outros;
- Facilitar a identificação de padrões no fluxo de caixa;
- Permitir uma melhor visualização da liquidez da empresa.
Portanto, esse método é mais utilizado para fins gerenciais, pois apresenta com mais transparência a origem e o destino dos recursos financeiros.
Método indireto
O método indireto parte do lucro líquido da empresa e faz ajustes para converter esse valor ao fluxo de caixa real. Mas, para isso, ele leva em consideração os itens contábeis que não afetam o caixa imediatamente, como depreciação e variação de estoques.
A seguir, confira suas principais características:
- Inicia a análise a partir do lucro líquido contábil;
- Ajusta valores que impactam o resultado, mas não envolvem movimentação de caixa;
- Amplamente utilizado para relatórios financeiros e auditorias.
Em suma, o método indireto é mais utilizado para fins contábeis e auditoriais, visto que facilita a conexão entre o resultado financeiro e a geração de caixa da empresa.
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Passo a passo para construir um DFC
A elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) exige organização e atenção aos detalhes por parte dos responsáveis.
Como foi possível ver, ele pode ser elaborado com base no método direto ou indireto. No entanto, independentemente da abordagem escolhida, o processo segue algumas etapas que são essenciais. Veja quais são:
1. Defina o período de análise
O primeiro passo é determinar o período que será analisado no DFC. Afinal, ele pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, variando de acordo com as necessidades da empresa.
Neste momento, deve-se entender que quanto menor for o intervalo, mais preciso deverá ser o controle sobre as movimentações financeiras.
2. Reúna todas as movimentações financeiras
Logo em seguida, é necessário levantar todas as informações sobre entradas e saídas de caixa da empresa no período escolhido. Isso inclui:
- Recebimentos de clientes;
- Pagamentos de fornecedores e funcionários;
- Impostos e encargos;
- Investimentos realizados;
- Financiamentos e dividendos pagos.
Durante esse processo, o uso de um software de gestão financeira é extremamente útil, pois facilita o trabalho e reduz erros.
3. Classifique as movimentações em categorias
Lembra dos componentes indispensáveis de um DFC? Pois bem, será preciso separar os dados entre eles. Para isso, leve em consideração:
- Operacionais: movimentações relacionadas às atividades do dia a dia da empresa;
- Investimentos: compra ou venda de ativos de longo prazo;
- Financiamentos: empréstimos, financiamentos e pagamento de dividendos.
Essa separação será fundamental, pois vai ajudar a identificar quais são as atividades que mais impactam o caixa da empresa.
4. Escolha o método de elaboração
A próxima etapa será definir se o DFC será construído pelo método direto (listando todas as entradas e saídas de caixa) ou pelo método indireto (ajustando o lucro líquido contábil para refletir a movimentação de caixa).
Sendo assim, é importante entender que o método direto é mais detalhado e útil para uma análise gerencial. Em contrapartida, o indireto é mais prático e indicado para relatórios contábeis.
5. Estruture o DFC
É necessário montar o relatório a partir da consolidação dos fluxos de caixa operacional, de investimentos e de financiamentos.
Desse modo, o resultado final será o saldo líquido do caixa no período, demonstrando se houve aumento ou redução da liquidez da empresa.
- Fórmula básica do DFC: saldo inicial do caixa + entradas – saídas = saldo final do período.
6. Analise os resultados e tome decisões estratégicas
Com o DFC pronto e em mãos, é possível identificar padrões, prever necessidades de capital e tomar decisões financeiras mais estratégicas.
Sendo assim, se o fluxo de caixa operacional estiver negativo, por exemplo, a empresa pode precisar rever custos ou buscar novas fontes de receita.
No momento de analisar o DFC, é importante ter alguns cuidados, como por exemplo:
- Um fluxo operacional positivo indica que a empresa gera caixa suficiente para suas operações;
- Um fluxo de investimentos negativo pode significar expansão dos negócios, mas também exige atenção ao impacto na liquidez;
- Se o fluxo de financiamentos for constantemente positivo, pode indicar dependência excessiva de capital externo.
Portanto, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa é uma ferramenta de suma importância para as empresas. Por isso, ele deve ser tratado como prioridade na gestão financeira.
Como analisar o DFC e interpretar os dados?
A análise do DFC é essencial para entender como está a saúde financeira de uma empresa. Mas, para isso, é importante se atentar para alguns fatores e interpretar quais são os seus impactos no negócio.
Fluxo de caixa operacional: a empresa gera caixa com suas operações?
Um saldo positivo indica que a empresa é sustentável e lucrativa, ou seja, ela possui liquidez para operar sem precisar depender de financiamentos externos.
No entanto, um saldo negativo pode indicar problemas de rentabilidade ou a necessidade de revisar despesas e prazos de recebimento.
Fluxo de caixa de investimentos: a empresa está crescendo ou desinvestindo?
Um fluxo negativo pode ser um bom sinal se indicar investimentos estratégicos, como a compra de equipamentos ou expansão.
Se for positivo, pode significar que a empresa está vendendo ativos para gerar caixa. Isso pode ser visto como uma estratégia temporária ou um indicativo de problemas financeiros.
Fluxo de caixa de financiamentos: a empresa depende de capital externo?
Um fluxo positivo pode indicar que a empresa está captando mais recursos para crescer, como também pode mostrar dependência de capital externo.
Em contrapartida, um fluxo negativo pode significar que a empresa está pagando dívidas ou distribuindo dividendos, o que pode ser positivo desde que seja feito de forma planejada.
Saldo final de caixa: a empresa tem liquidez suficiente?
Ao somar os três fluxos de caixa, chegamos ao saldo final do período. Com isso, se o saldo for positivo, significa que a empresa possui um caixa saudável e pode investir em seu crescimento.
Já um saldo negativo pode indicar a necessidade de uma reavaliação financeira ou até mesmo de cortes de custos para equilibrar as contas.
Como a Paytrack ajuda na otimização financeira
Manter um fluxo de caixa saudável é essencial para a sustentabilidade financeira de qualquer empresa.
No entanto, fatores como despesas descontroladas, processos manuais como o uso de planilhas financeiras e a falta de visibilidade sobre os gastos podem comprometer a gestão financeira.
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