Diante de um cenário de mudanças constantes, é crucial entender o novo cenário econômico de viagens para 2026. Preparamos um conteúdo direto e estratégico para você compreender o que está por vir quando se trata de economia e viagens corporativas.
Se você quer ir além e obter insights personalizados para a sua empresa, você pode falar com nossos especialistas e descobrir as melhores oportunidades para você.
O que esperar da economia global em 2026
Segundo o relatório do GBTA, gastos com viagens corporativas esperam atingir $1.57 trilhões de dólares em 2025, o que representa uma taxa de crescimento moderada devido a tensões comerciais, incerteza política e pressões econômicas.
Itaú e Bradesco projetam um PIB entre 1,5% e 2,2%, inflação próxima de 4,3% e queda gradual da Selic para cerca de 12,75%. Além disso, o Banco Mundial também aponta cenário otimista, sustentado pelo consumo interno e pela retomada de investimentos.
A estabilização cambial e a redução dos custos de energia e transporte devem conter pressões de preços, ainda que passagens e hospedagens mantenham leve tendência de alta.
A nova dinâmica das companhias aéreas no pós-2025
O pós-pandemia impulsionou as companhias aéreas a reorganizar seus pilares de crescimento. A nova onda é de segmentar o viajante de negócios e ter maior controle sobre custos.
Por exemplo, LATAM, Azul e GOL ampliaram ofertas premium e remodelaram programas de fidelidade corporativa, reforçando uma tendência global de segmentação do viajante de negócios e maior controle sobre custos.
De acordo com o Amadeus Business Travel Trends 2025, essa diferenciação será um dos pilares de crescimento no pós-pandemia, impulsionando parcerias B2B e acordos corporativos com tarifas fixas e benefícios de previsibilidade.
Variação anual nos preços globais de viagens corporativas e eventos
A fim de compreender melhor a variação dos preços globais, selecionamos os principais tópicos que interessam às viagens corporativas. Vejamos:
Aéreo — Preço médio da passagem.
Em primeiro lugar, vamos entender como estará o setor aéreo no cenário econômico de viagens para 2026. Segundo a American Express Global Business Travel (Amex GBT), em 2026, com relação à flutuação dos preços das passagens, é esperado que os preços sejam baixos ou tenham um aumento modesto.
As companhias aéreas devem utilizar estratégias como “premiumization” e preços contínuos. Os 3 principais fatores que irão influenciar nos preços de 2026 serão:
- Incerteza mundial: devido à volatilidade econômica e geopolítica;
- Economia das companhias aéreas: o combustível deve ter um impacto significativo sobre os preços;
- “Premiumization“: em 2026, as companhias devem melhorar a experiência dos viajantes, com mais conforto. Isso significa também maior valor agregado e taxas maiores para os viajantes terem acesso aos benefícios.
Na América do Sul, devemos ver um aumento significativo nos preços das passagens para o Business class, e uma redução no Economy:
- América do Sul para América do Sul: Business (+5.8%), Premium economy (-0.3%) e Economy (-7.7%);
- América do Sul para América do Norte: Business (+0.9%), Premium economy (+0.5%) e Economy (-0.3%);
- América do Sul para Europa: Business (+3.6%), Premium economy (+0.5%) e Economy (-0.3%).
Hotel — Tarifa média diária (ADR)
Sendo assim, temos outro ponto fundamental: as despesas com hospedagem. De acordo com o Hotel Monitor 2026 da Amex GBT Consulting, as taxas dos hotéis devem permanecer relativamente estáveis em 2026, com aumento na América Latina, devido à instabilidade geopolítica, tarifas americanas incertas e seu impacto na economia mundial irão limitar a demanda, controlando o aumento dos preços.
Na América Latina, os principais aumentos são nas seguintes localidades:
- Buenos Aires (+5.6);
- Rio de Janeiro (+5.0%);
- Santiago (+0.9%).
Em vista disso, a recomendação da Amex é otimizar o planejamento com hospedagem:
- Manter os parceiros confiáveis: é importante ter uma rede de hotéis nos quais podemos confiar e manter essas parcerias;
- Investir em relacionamento: a busca por boa acomodação e experiência deve aumentar o custo com hospedagem. Por isso, é fundamental manter relacionamento com os parceiros hoteleiros, para ter o melhor custo-benefício;
- Ficar atento aos limites de taxas: é crucial para economizar;
- Olhar para os dados: para uma busca mais estratégica, outro fator é visualizar os dados de forma ampla para negociar com os fornecedores;
- Entender o impacto: sustentabilidade é o foco de 2026. É essencial analisar as emissões dos hotéis para compreender o impacto do seu programa de viagens corporativas.
Carro — Tarifa diária de aluguel
Em sequência, a tarifa de aluguel de carros. Na análise da Amex, é esperado que os preços dos aluguéis na América Latina esfriem mais na Argentina e tenham um aumento mais lento no Brasil e no Chile quando comparado a 2024.
- Argentina: +5.0% a +7.0%;
- Chile: 0.0% a +5.0%;
- Brasil: -3.0% a +3.0%.
A América Latina tem o mercado de aluguel de carros com maior volatilidade de preços, sendo impactada pelas flutuações cambiais dependência de veículos e combustíveis importados.
Por outro lado, o que diz respeito ao Brasil, a demanda por locações diárias de carros deve crescer cerca de 10% no verão de 2025-2026, segundo a ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis).
Meetings & Events — Custo médio por participante/dia
Além de deslocamentos mais curtos, a prioridade na redução de custos com viagens corporativas também inclui os eventos corporativos.
O custo médio por participante em eventos deve crescer de forma mais moderada em 2026 quando comparado ao período de 2023 a 2025. Então, o novo rumo dos eventos corporativos prioriza os encontros presenciais estratégicos e os eventos híbridos de alto valor agregado.
Segundo o análise do Global Meetings & Events Forecast de 2026, o custo médio por participante em reuniões e eventos corporativos deve aumentar 2.4% em 2026, seguindo uma tendência de aumento desde 2024 (+4.5%) e 2025 (+3,7%). Aumento dos custos de mão de obra e produção, pressões inflacionárias e mudança para eventos menores destinados à experiência, são os principais fatores.
- As organizações têm mudado o foco para experiências de maior impacto e grupos menores. Os custos fixos são distribuídos por menos participantes, o que aumenta o gasto per capita;
- As expectativas crescentes sobre o bem-estar, sustentabilidade e recursos híbridos, além da escassez de locais de eventos premium, são fatores que pressionam os custos;
- Cidades secundárias estão sendo escolhidas como opções com menores taxas.
Devido às pressões sobre os custos, os organizadores precisam repensar as estratégias. Otimizar os tipos de eventos, locais, formatos e relações com fornecedores.
A GBTA afirma que o setor de reuniões está no seu novo normal, com consistência estratégica. Sendo assim, objetivo continua a ser entregar experiências e encontros presenciais são a norma.
As principais conclusões foram:
- Otimismo em alta, mas aumento de custo preocupa: 85% dos profissionais estão otimistas para 2026, mas 38% dizem que o custo será o principal desafio;
- Inteligência artificial presente em todos os lugares: 50% apoiam o uso da IA durante a jornada de reuniões; 34% irão utilizar a IA para gerar ideias; 40% irão fornecer aplicativos de eventos movidos por IA; 28% irão utilizar a IA para rastrear a experiência dos participantes;
- Experiência é a prioridade número 1: a prioridade é engajar os profissionais e melhorar a experiência com eventos mais marcantes;
- Público deseja envolvimento: 42% querem mais interatividade, com workshops, por exemplo; 40% querem oportunidades para socializar com outros profissionais; 40% desejam medidas de sustentabilidade mais visíveis;
- Reuniões e eventos mais inteligentes: 28% planejam utilizar IA para avaliar o sucesso dos eventos; 36% planejam utilizar dados e ROI como ferramentas de medição.
Com relação ao custo, profissionais consideram como o desafio principal (38%), sendo 32% devido a uma incerteza econômica, 31% veem dificuldade em planejar eventos que sejam voltados para as necessidades atuais dos profissionais, 30% vêem como principal desafio o corte de gastos no orçamento e 28% a dificuldade em encontrar locais para realizar reuniões e ventos.
Então, dentro desse panorama, os 5 tipos tipos de reuniões e eventos que esperam um aumento de custos são:
- Conferência sem exibição comercial;
- Eventos especiais de incentivo;
- Lançamento de produtos;
- Reuniões para profissionais da saúde;
- Treinamento e reuniões internas.
Por esse motivo, a inovação com as travel techs é a principal estratégia para gerenciar os custos:
- Mais eventos online (39%);
- Mais financiamento para complementar o orçamento (35%);
- Mudança de local (30%);
- Menos eventos (29%);
- Redução nos gastos com comida e bebida (28%).
Em conclusão, quando falamos do cenário econômico de viagens para 2026 com relação a reuniões e eventos, podemos dizer que o equilíbrio entre orçamento e experiências é o foco dos profissionais.
Quer saber o ROI da Paytrack para sua empresa? Teste nossa calculadora exclusiva.”
Como as empresas devem agir no cenário econômico de viagens para 2026
O cenário econômico de viagens para 2026 convida os setores corporativos a trabalharem com a previsibilidade. Até 2025, o mercado ainda estava em processo de retomada e estabilização, com foco no volume de viagens. Mas, para 2026, o foco deixa de ser deslocamentos e passa a ser mais estratégico com controle inteligente de custos e antecipação de resultados.
Diante desse cenário, uma tendência global é a de “proximidade de poder” (“Proximity Power”, termo original), de acordo com o Amadeus Cytric Business Travel Trends 2025. Essa tendência se reflete na mudança nas prioridades corporativas, como eficiência, conveniência, sustentabilidade e a relação custo-benefício. Com a expansão das redes ferroviárias de alta velocidade e mais cadeias de suprimento localizadas, as viagens mais curtas têm se tornado mais estratégicas.
À vista disso, as empresas fazem uso cada vez mais de análises preditivas e automação logísticas para controlar custos e mensurar ROI em tempo real, integrando a gestão de eventos ao Travel & Expense. Desse modo, as empresas tendem a investir mais em planejamento preditivo, políticas dinâmicas e soluções integradas de T&E para transformar a oscilação econômica em oportunidade de eficiência, segundo nossa análise das Tendências para viagens e despesas corporativas em 2026.
Por esse motivo, a previsibilidade passa a ser um dos principais indicadores de viagens corporativas. A gestão de despesas e viagens deve ter como base a antecipação de custos e decisões. O cenário econômico e operacional aponta para integração e estabilidade, e as empresas estão transformando esse contexto em vantagem competitiva.
Integração entre plataformas de gestão de despesas e gestão de viagens
O que antes eram fluxos paralelos, um voltado à mobilidade, outro ao controle financeiro, agora se funde em um único sistema de gestão de recursos corporativos , sustentado por dados e automação. Essa integração dá origem ao conceito de T&E, em que cada etapa, da reserva ao reembolso, é conectada, permitindo que decisões operacionais e financeiras ocorram de forma sincronizada.
No cenário de 2026, o diferencial competitivo deixa de ser a negociação de tarifas e passa a ser a capacidade de prever, justificar e otimizar cada gasto corporativo. As empresas que conectarem mobilidade, despesas e pagamentos em um mesmo fluxo terão não apenas eficiência, mas um novo nível de controle sobre performance financeira e experiência do colaborador.
A Paytrack foi pioneira na integração entre Travel, Expense e Payments em um mesmo fluxo. Na plataforma, a jornada completa — da reserva à conciliação — acontece de forma automatizada e rastreável, com IA aplicada para categorização, auditoria e análise preditiva.
Essa abordagem elimina silos operacionais e transforma a gestão de despesas e a gestão de viagens corporativas em um sistema vivo de gestão, em que cada transação gera inteligência para a próxima decisão.


