-
Alavancagem financeira: o que é e como funciona?

Alavancagem financeira: o que é e como funciona?

Por Thiago

Muitas empresas possuem o desejo de crescer e aumentar suas operações, mas não sabem por onde começar. Nesse momento, a alavancagem financeira surge como uma oportunidade a ser considerada.

A alavancagem financeira, quando bem utilizada, permite que empresas cresçam de forma acelerada, aumentem sua rentabilidade e maximizem o retorno sobre o capital investido. No entanto, quando usada sem controle, pode comprometer a saúde financeira da organização.

Por isso, entender como ela funciona e quais indicadores monitorar é essencial para qualquer gestor ou analista financeiro. Afinal, trata-se de uma decisão estratégica que exige visibilidade total dos custos operacionais e dados confiáveis.

Se você deseja entender o que é e como aplicar a alavancagem financeira de forma segura e estratégica na sua empresa, leia este artigo!

Aproveite para entrar em contato com a Paytrack para entender como sua empresa pode transformar a gestão de despesas em um diferencial competitivo:

O que é alavancagem financeira e como ela funciona?

A alavancagem financeira é uma estratégia que busca por recursos vindos de terceiros para aumentar seus resultados. Em termos simples, consiste em captar empréstimos, financiamentos ou linhas de crédito para investir em projetos que tragam um retorno superior ao custo dessa dívida.

Se bem aplicada na gestão de uma empresa, ela proporciona um crescimento mais rápido, aumento da margem e geração de valor para os acionistas.

Pense em uma organização que investe R$ 1 milhão com capital próprio e obtém um retorno de R$ 1,2 milhão. Em contrapartida, suponha que a mesma empresa utilize R$ 500 mil próprios e R$ 500 mil de terceiros, pagando juros de 5%. Caso o retorno seja o mesmo, o lucro líquido será maior, visto que parte do capital foi alavancado a um custo inferior ao ganho.

Esse efeito positivo sobre o retorno é o que chamamos de alavancagem financeira, o que faz com que ela se torne uma aliada da gestão estratégica de uma empresa

Contudo, é preciso ter cuidado. Afinal, quando o custo da dívida supera os ganhos gerados, a alavancagem se torna um risco, podendo comprimir lucros ou ampliar prejuízos.

Leia: Gestão de reembolso de despesas corporativas: um guia para a gestão de reembolso

Qual a diferença entre alavancagem financeira e operacional?

Muitos gestores e analistas financeiros podem confundir a alavancagem financeira com a operacional. Embora ambas busquem potencializar os resultados da empresa, os seus conceitos são distintos.

A alavancagem operacional está diretamente relacionada aos custos fixos de uma operação. Quando uma empresa possui alto volume de custos fixos e consegue aumentar seu faturamento sem que esses custos cresçam na mesma proporção, ela amplia sua margem de contribuição.

Em contrapartida, a alavancagem financeira envolve o uso de capital de terceiros para ampliar o retorno sobre o patrimônio líquido. Sendo assim, se os investimentos feitos geram um retorno maior que os juros pagos, a operação se torna eficiente e lucrativa.

Quais são os principais tipos de alavancagem financeira?

A alavancagem financeira é um conceito que vai muito além do que o uso de capital de terceiros para ampliar os lucros de uma empresa. Afinal, ela também está presente nas operações do mercado financeiro.

A seguir, confira quais são os principais exemplos e como eles se distinguem:

1. Day Trade

O Day Trade é uma das formas mais conhecidas de alavancagem no mercado financeiro. Nesse tipo de operação, os investidores compram e vendem ativos no mesmo dia, buscando obter lucro com as variações de preço.

Deste modo, a alavancagem acontece quando a corretora permite operar valores maiores do que o capital disponível em conta, o que pode ampliar os ganhos ou as perdas.

Por isso, o Day Trade é considerado uma estratégia de altíssimo risco, sendo indicada somente para quem possui domínio técnico e controle emocional.

2. Swing Trade

O Swing Trade é uma estratégia que envolve operações que podem durar alguns dias ou até mesmo semanas. A principal diferença é que o tempo maior de exposição exige uma análise mais cuidadosa de tendências e fundamentos.

Embora seja menos volátil do que a estratégia anterior, o Swing Trade também possui riscos consideráveis, principalmente quando é feito com capital alavancado.

3. Short Selling

O Short Selling é uma tática de alavancagem onde o investidor vende um ativo que não possui, apostando na queda do seu valor. Para isso, ele toma emprestado o ativo de uma corretora, vende no mercado e, posteriormente, tenta recomprá-lo por um preço menor.

Sendo assim, se ele acertar, embolsa a diferença, mas se errar, o prejuízo pode ser grande, considerando um tipo de alavancagem agressiva, que exige gestão precisa de risco.

4. Alavancagem em mercado futuro

No mercado futuro, é possível negociar contratos de commodities, moedas e índices com uma margem de garantia. No entanto, as oscilações podem ser intensas, o que torna essencial o uso de mecanismos como stop loss e limites de exposição.

Confira conosco: Controle de despesas corporativas: melhores práticas para grandes empresas

Quando a alavancagem é positiva (e quando vira um risco)

A alavancagem financeira pode ser uma estratégia poderosa para impulsionar o crescimento de uma empresa, desde que implementada de forma estratégica.

Ao ampliar o capital disponível por meio de recursos vindos de terceiros, é possível investir em expansão, inovação ou ganho de escala. No entanto, essa mesma ferramenta pode se tornar uma armadilha caso os custos superem os retornos.

Quando vale a pena alavancar?

A alavancagem é considerada positiva quando indicadores como a rentabilidade dos investimentos feitos com capital de terceiros é superior ao custo desse capital. Ou seja, quando a empresa utiliza empréstimos, financiamentos ou adiantamentos de forma estratégica e consegue obter um retorno maior do que os juros pagos.

Quais os riscos da alavancagem?

Por outro lado, a alavancagem financeira se torna um risco quando a empresa perde o controle dos custos, enfrenta quedas na receita ou tem despesas operacionais que corroem a margem. Se os juros e obrigações financeiras superam os ganhos obtidos, a alavancagem se inverte e começa a destruir o valor, podendo levar ao aumento do endividamento, entre outros problemas.

Como calcular a alavancagem financeira?

Entender como calcular a alavancagem financeira é fundamental para qualquer gestor ou analista que deseja tomar decisões embasadas e minimizar riscos. Ao aplicar corretamente a fórmula e analisar os dados certos, é possível prever impactos, ajustar estratégias e evitar surpresas no fluxo de caixa.

A fórmula mede o quanto o endividamento influencia o retorno sobre o patrimônio líquido da empresa. A equação mais comum é:

GAF (Grau de Alavancagem Financeira): Lucro Operacional / Lucro Líquido

Quanto maior for o resultado encontrado, maior é o risco financeiro, o que deve ligar um sinal de alerta para os gestores e analistas financeiros.

Vamos pegar como exemplo uma empresa que possui R$ 350 mil de lucro operacional e R$ 100 mil de lucro líquido. Com isso, o cálculo seria o seguinte:

Alavancagem financeira: R$ 350. 000 / R$ 100.000: 3,5.

Sendo assim, a empresa possui uma alavancagem de 3,5, o que significa que para cada real de lucro líquido, é gerado R$ 3,5 de lucro operacional.

Indicadores importantes para monitorar a alavancagem de uma empresa

Monitorar a alavancagem financeira é uma tarefa que passa pela análise de indicadores financeiros estratégicos. Acompanhar essas métricas permite identificar se a alavancagem está contribuindo para o crescimento ou elevando o risco de endividamento.

A seguir, confira os principais indicadores que devem estar no radar de gestores financeiros:

  • Grau de Alavancagem Financeira (GAF): ele mede quanto o lucro líquido varia em relação à variação do lucro operacional, o que indica o real impacto da estrutura de capital sobre os resultados da empresa;
  • Relação Dívida / Patrimônio: utilizado para comparar o total de dívidas com o patrimônio líquido da empresa, indicando o nível de dependência de capital de terceiros;
  • Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE): representa o quanto a empresa gera de lucro para cada real investido pelos acionistas.

A forma como a empresa controla suas despesas influencia diretamente todos os indicadores de alavancagem. Afinal de contas, gastos mal gerenciados não só reduzem a margem operacional, como também aumentam o risco de inadimplência e distorcem projeções financeiras, impactando todas as métricas.

Nesse momento, ferramentas como a Paytrack permitem automatizar o controle de despesas, estabelecer políticas claras, acompanhar gastos em tempo real e gerar dados consolidados para uma análise precisa.

Portanto, a empresa passa a ter uma base sólida para aplicar a alavancagem de forma estratégica, com menor risco e maior retorno sobre o capital investido.

Conte com a Paytrack para impulsionar resultados com segurança

A alavancagem financeira pode ser um poderoso motor de crescimento para as empresas, desde que venha acompanhada de gestão eficiente, controle rigoroso de despesas e dados confiáveis para tomada de decisão. É nesse cenário que a Paytrack se torna uma aliada estratégica.

Com uma plataforma robusta, é possível centralizar e automatizar todo o controle de despesas corporativas, eliminando gargalos operacionais, reduzindo riscos de fraudes e garantindo o cumprimento de políticas internas.

Além disso, a Paytrack fornece dashboards em tempo real e relatórios personalizados que ajudam CFOs, controllers e analistas a enxergarem oportunidades de economia, identificarem ineficiências e tomarem decisões estratégicas com base em evidências.

Quer usar a alavancagem de forma inteligente e com base em dados confiáveis? Experimente a Paytrack e transforme sua gestão financeira.