Nos últimos anos, o preço das passagens aéreas passou a ocupar espaço permanente no planejamento financeiro das empresas. O aumento da demanda, a retração de oferta, a volatilidade do câmbio e o cenário global instável já vinham pressionando as tarifas.
Porém, existe um fator central que é, frequentemente, subestimado, que explica por que voar custa tanto: o preço do combustível.
Para companhias aéreas, o querosene de aviação (QAV) não é apenas mais uma despesa operacional. Ele representa, em média, 30% a 40% do custo total de um voo, tornando-se elemento decisivo na formação da tarifa final.
Quanto maior o preço do combustível, maior a pressão sobre o caixa das empresas e, consequentemente, sobre o valor pago pelos passageiros, incluindo aqueles que viajam a trabalho.
No contexto corporativo, entender essa dinâmica deixa de ser curiosidade econômica e se torna estratégia financeira. Afinal, organizações precisam prever orçamento, negociar contratos, controlar gastos e justificar aumentos de despesas de viagem perante diretoria e auditorias internas.
Porém, antes de você aprender mais sobre o tema, que tal conhecer melhor a Paytrack? Agende uma conversa rápida e entenda como outras empresas já transformaram sua gestão conosco!
Por que o preço do combustível pesa tanto no valor das passagens aéreas?
Entre os principais motivos do peso nos preços das passagens aéreas estão:
- Primeiramente, o combustível influencia diretamente o custo por assento, o que eleva a tarifa mesmo em rotas competitivas;
- Além disso, o transporte e armazenamento do QAV também encarecem a operação;
- Outro ponto relevante é a necessidade de hedge financeiro, já que empresas precisam se proteger contra oscilações de preço;
- Em paralelo, a infraestrutura aeroportuária impacta custos logísticos, ampliando despesas vinculadas ao combustível.
O resultado é simples: quando o combustível sobe, a companhia aérea não tem alternativa sustentável além de repassar parte desse aumento ao consumidor, corporativo ou não.
QAV: o que é e como seu preço é definido
O QAV (Querosene de Aviação) é o combustível utilizado em aeronaves comerciais, derivado do petróleo e precificado globalmente. Seu valor depende de fatores como:
- Cotação internacional do barril de petróleo;
- Dólar, já que o preço é dolarizado;
- Impostos e tributos nacionais;
- Oferta e demanda mundial;
- Contextos geopolíticos, ambientais e econômicos.
Além disso, o preço pode variar entre regiões do país, refletindo custos logísticos e operacionais. Em mercados emergentes, essas diferenças podem ser ainda maiores, pressionando rotas específicas.
Portanto, qualquer movimento no câmbio, políticas de refino, decisões da OPEP ou crises internacionais tende a impactar o preço final da passagem, mesmo quando a demanda doméstica permanece estável.
Fatores que tornam as passagens aéreas mais caras
Embora o combustível seja o principal responsável pelos reajustes tarifários, ele não atua isoladamente. O valor da passagem resulta de uma combinação de elementos estruturais:
- Frota reduzida, já que menos aeronaves disponíveis elevam a disputa por assentos;
- Aumento da demanda, principalmente em períodos sazonais e corporativos;
- Tributação, pois impostos sobre aviação, combustíveis e tarifas aeroportuárias elevam custos;
- Logística operacional, sobretudo em rotas longas ou com baixa conectividade;
- Concorrência limitada, porque mercados com poucos players tendem a tarifar mais alto.
Essa multiplicidade de fatores explica por que empresas precisam olhar para o custo da passagem aérea corporativa com visão estratégica e não apenas como despesa pontual.
Para aprofundar a compreensão sobre tarifas e cenários corporativos, vale consultar este conteúdo sobre passagem aérea corporativa.
Preço do combustível + demanda: como a tarifa final é formada
A precificação aérea é dinâmica. Companhias ajustam o valor das passagens de acordo com o comportamento do mercado, o que faz com que o combustível seja apenas um dos vetores.
Quando o preço do QAV sobe, a tarifa pode não aumentar imediatamente. Entretanto, ao longo das semanas, algoritmos de revenue management absorvem o impacto, redistribuindo o custo entre diferentes perfis de compra.
O resultado costuma ser percebido no médio prazo, especialmente nas tarifas corporativas, que apresentam maior previsibilidade de demanda.
O contrário também ocorre: quedas significativas no preço do combustível podem reduzir tarifas, mas nem sempre no mesmo ritmo. Isso acontece porque as companhias precisam equilibrar custos passados, compromissos contratuais e estratégias de ocupação.
Se o tema te interessa, há uma análise complementar sobre flutuação no preço das passagens.
Impacto direto nas viagens corporativas e no orçamento anual
Para as empresas, o aumento do preço do combustível não é apenas um dado macroeconômico. Ele chega diretamente ao orçamento de T&E.
Entre os principais impactos estão, por exemplo:
- Antes de tudo, maior previsibilidade no planejamento financeiro anual;
- Em seguida, necessidade de revisar políticas internas de viagem e limites de tarifa;
- Além disso, aumento do custo médio por colaborador deslocado;
- Outro efeito importante, renegociação de contratos e acordos comerciais;
- Finalmente, pressão sobre metas de redução de despesas corporativas.
É por isso que organizações que dependem de deslocamentos frequentes precisam de governança estruturada, controle de gastos, dados históricos e visibilidade sobre compras de passagens.
Para entender o peso das tarifas na estratégia corporativa, vale revisar este conteúdo sobre custos com viagens corporativas.
Oscilações cambiais e seu efeito nas tarifas aéreas
Como o QAV é cotado em dólar, qualquer desvalorização da moeda local torna o combustível instantaneamente mais caro, mesmo sem mudança na demanda ou no preço do petróleo.
Isso significa que países com volatilidade cambial sofrem com tarifas aéreas mais instáveis, dificultando previsões de orçamento e acordos corporativos de longo prazo.
Além disso, companhias aéreas utilizam hedge cambial para proteger suas operações, o que pode adicionar custos extras dependendo da conjuntura econômica.
Essa dinâmica exige que empresas monitorem câmbio, calendário de compras e histórico tarifário antes de aprovar viagens, especialmente internacionais.
Como empresas podem lidar com variação do preço das passagens
Ainda que não possam controlar o preço do combustível, empresas podem minimizar o impacto no orçamento corporativo ao adotar estratégias práticas:
- Para começar, monitorar variações de tarifas e sazonalidade para identificar janelas de compra mais vantajosas;
- Além disso, negociar acordos com companhias aéreas — especialmente quando há volume recorrente de deslocamentos;
- Outro movimento estratégico, fortalecer políticas internas que definem regras de compra, antecedência e classe tarifária;
- Em paralelo, integrar dados entre financeiro, compras e viagens para melhorar previsibilidade;
- E, por fim, acompanhar indicadores de despesas, performance de fornecedores e comportamento dos viajantes.
O uso de acordos com companhias aéreas costuma ser decisivo para reduzir incertezas e obter estabilidade.
Além disso, compreender o ecossistema completo de viagens corporativas ajuda empresas a definir metas, KPIs e governança financeira com mais maturidade.
O papel da Paytrack no controle de gastos com passagens aéreas
Quando o preço do combustível oscila, o risco não está apenas no aumento imediato da tarifa, mas na incapacidade de prever e reagir. É aqui que a Paytrack se torna estratégica.
A plataforma centraliza dados de viagens, integra ERPs, OBTs, meios de pagamento e fornecedores, organiza políticas internas e registra exceções, tudo em um único ambiente.
Isso elimina ruído operacional e dá ao time financeiro um painel confiável para tomar decisões.
Outro ponto crítico é a previsibilidade. Com o Price Tracking da Paytrack, empresas monitoram variações tarifárias em tempo real, identificam janelas de compra mais vantajosas e reduzem a exposição a picos inesperados.
Em mercados pressionados pelo QAV, antecipar movimentos é tão importante quanto controlá-los.
A operação se torna mais coerente, rastreável e governável. E, com a agência de viagens corporativas integrada ao ecossistema Paytrack, negociações, ajustes de roteiro e compras seguem a mesma lógica: dados estruturados + aderência à política.
Além disso, contar com uma agência de viagens corporativas integrada ao ecossistema possibilita decisões mais rápidas, negociações estratégicas e aderência à política, mesmo em cenários de alta volatilidade do QAV.
No fim, o combustível continuará sendo uma das principais variáveis de pressão no orçamento de viagens corporativas.
Mas empresas que tratam preço como informação e não como surpresa conseguem absorver impactos, planejar com precisão e manter competitividade mesmo em cenários voláteis.
Transformar volatilidade em planejamento é menos sobre prever o futuro e mais sobre ter dados suficientes para decidir antes dele chegar.


