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NCG: o que é e como calcular a Necessidade de Capital de Giro

Conteúdo criado por humano
Profissional trabalhando no seu escritório com uma calculadora, a fim de entender o que é NCG.

NCG, que é a sigla para Necessidade de Capital de Giro, é um indicador financeiro fundamental no mundo dos negócios. A saúde financeira é o pilar para a sustentabilidade e o crescimento de qualquer empresa, e compreender o que é NCG, como calculá-la e como gerenciá-la, pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um negócio.

Muitas vezes, a falta de capital de giro é apontada como uma das principais causas de mortalidade de empresas, especialmente as pequenas e médias.

Mas a NCG vai além de ter dinheiro em caixa; trata-se de uma métrica que revela a real necessidade de recursos para que a operação do dia a dia funcione sem gargalos, pagando contas e recebendo de clientes nos prazos adequados.

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O que é NCG: Necessidade de Capital de Giro?

A NCG, ou Necessidade de Capital de Giro, é, então, o montante mínimo de recursos financeiros que uma empresa precisa ter disponível para financiar suas operações cotidianas

Em outras palavras, é o dinheiro necessário para cobrir a diferença entre os prazos de pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes, além de financiar os estoques e outras despesas operacionais.

É fundamental entender que a NCG não é um conceito restrito a grandes empresas com operações complexas. Toda empresa que vende a prazo e paga seus fornecedores ou despesas em outro momento precisa monitorar sua NCG para evitar desequilíbrios no caixa. 

Um pequeno e-commerce que compra produtos de um fornecedor para vender depois, por exemplo, ou um prestador de serviços que emite nota fiscal para 30 dias, ambos enfrentam a necessidade de capital de giro para manter suas operações.

Em suma, a gestão financeira eficaz da NCG é fundamental para a saúde financeira de qualquer empresa, independentemente do seu porte ou setor.

Diferença entre capital de giro e NCG

Embora os termos “capital de giro” e “NCG” sejam frequentemente usados como sinônimos, eles representam conceitos distintos, mas interligados, na gestão financeira. Compreender essa distinção é crucial para uma análise de balanço precisa e para a tomada de decisões financeiras estratégicas.

O capital de giro (ou capital de giro total) refere-se ao total de recursos disponíveis para a empresa financiar suas operações de curto prazo. Ou seja, é a diferença entre os ativos circulantes (dinheiro em caixa, contas a receber, estoques) e os passivos circulantes (contas a pagar, empréstimos de curto prazo). Em outras palavras, é a capacidade de liquidez da empresa.

Já a NCG (Necessidade de Capital de Giro) é a quantidade de capital de giro que a empresa realmente precisa para financiar o seu ciclo operacional. Este conceito representa uma demanda, uma “necessidade” de recursos que surge da dinâmica de pagamentos e recebimentos, estoques e outras despesas.

Se o capital de giro total for maior que a NCG, a empresa tem capital de giro “sobrando” (capital de giro líquido positivo), o que indica uma boa liquidez. Por outro lado, se o capital de giro total for menor que a NCG, a empresa está em falta de recursos para suas operações. Neste segundo caso, pode haver a necessidade de buscar fontes de financiamento externas, como empréstimos ou adiantamentos, o que pode comprometer sua sustentabilidade financeira.

Por que a NCG é importante para as empresas?

A importância da NCG transcende a simples gestão de caixa, pois trata-se de um indicador estratégico da vitalidade e da sustentabilidade financeira de uma empresa. 

Uma NCG bem gerenciada garante que a empresa tenha os recursos necessários para operar sem interrupções, evitando crises de liquidez que podem levar ao fechamento. Assim, a importância da NCG pode ser centralizada em três pontos principais: permite que a empresa honre seus compromissos, suporta o crescimento da organização e atua como um termômetro da eficiência operacional.

Como calcular a Necessidade de Capital de Giro?

Calcular a NCG é essencial para qualquer planejamento financeiro eficaz. Este cálculo foca na dinâmica de tempo de giro dos ativos e passivos operacionais. Ele considera o tempo médio que o dinheiro da empresa fica “preso” no processo produtivo e de vendas. A fórmula básica para calcular este indicador é:

NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

Onde:

  • Ativo Circulante Operacional (ACO) inclui contas a receber de clientes (duplicatas a receber) e estoques (matéria-prima, produtos em processo, produtos acabados).
  • Passivo Circulante Operacional (PCO) inclui contas a pagar a fornecedores e outras obrigações operacionais de curto prazo (salários, impostos a pagar, etc.).

Essa abordagem é muito útil para entender a NCG sob a ótica da gestão de capital de giro, pois ela considera o ciclo operacional da empresa.

Se a empresa vende e recebe em 60 dias, mas paga fornecedores em 30, terá NCG positiva, pois precisará cobrir os 30 dias restantes.

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Exemplos práticos: NCG positiva e negativa

Para ilustrar o cálculo da NCG, vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: NCG Positiva (necessidade de financiamento)

Uma empresa de varejo tem:

  • Estoques: R$ 50.000
  • Contas a Receber (vendas a prazo): R$ 30.000
  • Fornecedores (contas a pagar): R$ 20.000

NCG = (R$ 50.000 + R$ 30.000) – R$ 20.000
NCG = R$ 80.000 – R$ 20.000
NCG = R$ 60.000

Nesse caso, a NCG de R$ 60.000 significa que a empresa precisa de R$ 60.000 para financiar suas operações, pois seus ativos operacionais superam seus passivos operacionais. 

Ou seja, é um valor alto que provavelmente exigirá financiamento ou empréstimo para cobrir a operação diária

Exemplo 2: NCG Negativa (excesso de capital de giro)

Uma empresa de software que vende licenças anuais e recebe adiantado tem:

  • Estoques (quase zero, pois é serviço): R$ 0
  • Contas a Receber (poucas, pois recebe adiantado): R$ 5.000
  • Fornecedores (contas a pagar por serviços de terceiros): R$ 10.000

NCG = (R$ 0 + R$ 5.000) – R$ 10.000
NCG = R$ 5.000 – R$ 10.000
NCG = -R$ 5.000

Uma NCG negativa significa que os passivos operacionais da empresa são maiores que seus ativos operacionais. Isso é comum em negócios que recebem adiantado (como SaaS, assinaturas, alguns serviços) ou que têm um poder de negociação muito grande com fornecedores, pagando a prazos muito longos. 

Esse cenário indica que a operação gera capital para cobrir suas obrigações e que a empresa possui um “excesso” de capital de giro, que pode ser investido ou distribuído.

Como reduzir sua NCG com eficiência operacional?

Conforme o que vimos por aqui, quanto mais baixa a NCG, mais sustentável e até lucrativa é a operação. Assim, reduzir a NCG significa otimizar o capital de giro e, consequentemente, melhorar a saúde financeira da empresa. Isso se traduz em menos necessidade de recorrer a empréstimos caros e mais recursos disponíveis para investimentos ou emergências.

Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar nessa redução:

  1. Otimização de estoques: produtos parados em estoque significam capital parado. Por isso, implementar sistemas de gestão de estoque just-in-time, reavaliar o giro de produtos, negociar com fornecedores para entregas mais frequentes e em menor volume, e reduzir o estoque obsoleto são medidas eficazes. Isso diminui o valor do elemento “Estoques” no cálculo da NCG.
  2. Melhoria nos prazos de recebimento:
    • Incentivar pagamentos à vista: ofereça descontos para pagamentos imediatos sempre que possível.
    • Gestão de cobrança eficaz: tenha um processo de cobrança claro e eficiente para reduzir a inadimplência e o tempo médio de recebimento de clientes.
    • Antecipação de recebíveis: em casos de necessidade urgente, pode-se considerar a antecipação de recebíveis (duplicatas), mas sempre avaliando os custos envolvidos.
  3. Negociação de prazos com fornecedores: estender os prazos de pagamento a fornecedores é uma das formas mais diretas de reduzir a NCG, pois aumenta o Passivo Circulante Operacional. Negocie prazos mais longos sem juros ou penalidades, aproveitando o bom relacionamento.
  4. Controle rigoroso de despesas operacionais: reduzir custos fixos e variáveis sempre que possível também diminui a pressão sobre o caixa e, indiretamente, a NCG. Isso inclui desde a renegociação de contratos de aluguel até a otimização do uso de recursos.
  5. Planejamento orçamentário e previsibilidade de caixa: um bom planejamento orçamentário ajuda a prever a NCG futura e a tomar decisões proativas. A previsibilidade de caixa permite antecipar necessidades de financiamento ou identificar excessos de capital.

Qual a relação entre NCG e fluxo de caixa?

A NCG e o fluxo de caixa são conceitos intimamente relacionados e complementares na gestão financeira. Enquanto o fluxo de caixa representa o movimento de entradas e saídas de dinheiro em um período, a NCG é uma medida da necessidade de capital para financiar esse movimento operacional. Ou seja, a NCG mostra a “base” de recursos que o fluxo de caixa precisa cobrir para que a empresa possa operar sem interrupções.

Se essa necessidade não for atendida, o fluxo de caixa operacional pode se tornar negativo, mesmo que a empresa esteja vendendo bem e dando lucro no papel.

Este cenário demonstra um erro no cálculo da NCG ou na sua gestão: a falta de dinheiro para pagar contas pode levar a atrasos, multas e, em casos extremos, à falência, mesmo em empresas rentáveis.

Por outro lado, uma NCG negativa ou em declínio significa que a empresa gera caixa com suas próprias operações, aliviando a pressão sobre o fluxo de caixa e permitindo que esses recursos sejam usados para investimentos, redução de dívidas ou distribuição de lucros.

Ferramentas para controlar despesas e capital de giro

A gestão eficiente da NCG e do capital de giro exige controle rigoroso sobre todas as movimentações financeiras da empresa. Felizmente, a tecnologia oferece diversas ferramentas que podem auxiliar nesse processo, automatizando tarefas e fornecendo dados precisos para decisões financeiras mais assertivas.

Sistemas de gestão empresarial (ERPs) são fundamentais, pois integram diversas áreas da empresa – desde vendas e estoque até finanças e contabilidade. Eles permitem o registro centralizado de todas as transações, facilitando a análise de liquidez e a geração de relatórios financeiros que são cruciais para o cálculo e monitoramento da NCG.

Além dos ERPs, existem plataformas especializadas que se tornam aliadas valiosas na redução da NCG, especialmente ao otimizar a gestão de despesas e pagamentos. A Paytrack é um exemplo: plataforma completa para gestão de despesas e viagens corporativas, a Paytrack pode ser uma aliada estratégica na redução da NCG ao melhorar a gestão de pagamentos, adiantamentos, reembolsos e automatizar processos que afetam diretamente o capital de giro.

Ao digitalizar e automatizar a prestação de contas de viagens e despesas, a Paytrack reduz o tempo de reembolso, otimiza o controle de adiantamentos (diminuindo o capital parado em mãos de colaboradores) e oferece visibilidade em tempo real sobre os gastos.

Isso permite que a empresa tenha um controle financeiro mais apurado, identifique onde o capital está sendo alocado e tome decisões mais rápidas para gerenciar seus recursos.

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